terça-feira, 24 de abril de 2018

Polícia diz que menina de 11 anos inventou estupro coletivo para evitar briga com amiga - Praia Grande, no litoral de São Paulo


23/04/2018 21:00 
Polícia diz que menina de 11 anos inventou estupro coletivo para evitar briga com amiga
Foto: Andressa Barboza/G1
A menina de 11 anos que alegou ter sido vítima de um estupro coletivo em Praia Grande, no litoral de São Paulo, desmentiu o fato durante novo depoimento na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), nesta segunda-feira (23). Segundo a Polícia Civil, ela criou a história para tentar evitar uma briga com uma colega da mesma idade. Um boletim de ocorrência registrado no domingo (22) informava que a vítima estava com amigos em um baile funk no bairro Vila Mirim, quando foi estuprada por um grupo de 14 jovens. Com a ajuda de uma vizinha da família, ela foi encaminhada ao Pronto Socorro, onde os médicos da unidade constataram o possível abuso sexual. A menina foi, então, encaminhada ao Conselho Tutelar da cidade, e permaneceu em um abrigo. A Promotoria da Infância e Juventude foi acionada para acompanhar a ocorrência e a polícia iniciou os trabalhos para tentar identificar os envolvidos no crime que, mais tarde, descobriu-se que não tinha ocorrido. "Não aconteceu nada. Não existiu estupro coletivo. Em depoimento, ela admitiu que inventou a história para evitar que apanhasse de uma amiga", informou o delegado titular da cidade, Carlos Henrique Fogolin de Souza. Segundo ele, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) não atestou relação sexual recente. Sobre uma suposta hemorragia constatada pelos médicos do Pronto Socorro do Quietude, e mencionada pelo promotor da Vara da Infância e Juventude da cidade, Carlos Cabral Cabrera, mais cedo, após informações do Conselho Tutelar, a Polícia Civil também desmente. "Na verdade, a menina estava menstruada. O IML atestou". A investigação da Polícia Civil ainda descobriu que não houve qualquer baile funk na região mencionada por ela na última semana. A versão de que a menina foi expulsa de casa pela mãe, que é acamada, também é inverídica. A polícia passa a apurar a relação da vizinha com a criança, que deverá responder por ato infracional. (G1)

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